GUARDA COMPARTILHADA: A CONCRETIZAÇÃO DA IGUALDADE ENTRE OS GENITORES APÓS O DIVÓRCIO OU DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL

Autores

  • RODRIGO ANTÔNIO DIAS Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina

Resumo

A Lei 13.058/2014 alterou a redação do §2º do artigo 1.584 do Código Civil e passou a tratar a guarda compartilhada como o regime obrigatório nas decisões que tratavam da discussão da custódia de crianças e adolescentes, mesmo havendo conflito entre os pais. Embora o dispositivo tenha plena coerência com os princípios constitucionais que orientam o exercício do poder familiar, a sociedade brasileira, historicamente patriarcal encontrou dificuldades em aceitar que a custódia física da criança deixaria de pertencer exclusivamente às mães. O Poder Judiciário, na ânsia de cumprir o dispositivo legal acabou transformando a guarda compartilhada em guarda alternada e, com isso, as crianças que deveriam ser protegidas pelos pais, pelo Estado e pela sociedade foram lançadas em arranjos familiares complexos sem qualquer preocupação com o impacto dessas medidas causam em suas
personalidades.

Biografia do Autor

RODRIGO ANTÔNIO DIAS, Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina

Analista Judiciário do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Publicado

2025-03-27

Como Citar

DIAS, R. A. (2025). GUARDA COMPARTILHADA: A CONCRETIZAÇÃO DA IGUALDADE ENTRE OS GENITORES APÓS O DIVÓRCIO OU DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. REVISTA JURÍDICA - DIREITO, JUSTIÇA, FRATERNIDADE & SOCIEDADE, 1(2), 71–91. Recuperado de https://revista.sentencadozero.com/index.php/rjsdz/article/view/220